autismo

autismo?

O " Transtorno do Espectro do Autismo" - TEA, diz respeito a um distúrbio da aprendizagem social. Afeta 1 em 59 pessoas da população, sendo mais comum no sexo masculino.

Ainda não se conhecem as causas, mas as pesquisas indicam que alterações genéticas e ambientais, provavelmente, afetam o desenvolvimento do cérebro do embrião, ou do bebê.

Algumas pessoas autistas apresentam “comorbidades”, ou seja, doenças ou outros transtornos associados.

Não existe medicação para o autismo, mas sim, para algumas destas comorbidades.

O tratamento indicado é o psicoeducacional.

talvez seja autista... e agora?

Não se desespere. Você não está mais sozinho.

Sabemos que a época do diagnóstico é bem difícil. Muitas dúvidas e incertezas. Opiniões diferentes, confusas, que mais atrapalham do que ajudam. Muitas vezes somos nós, os pais, os primeiros a perceber que algo não vai bem no desenvolvimento do nosso filho. Saímos em busca de apoio e orientação e encontramos profissionais que não conhecem o autismo. Nossa ansiedade de prolonga...

Outras vezes, logo encontramos um especialista que percebe o autismo da criança, mas assustados, temendo o desconhecido, preferimos ouvir aquele outro profissional que garantiu que nosso filho não tem nada, que estamos muito ansiosos e que “criança é assim mesmo”, ou que nosso filho tem outra “coisa”, não autismo.

Seja como for, acalme-se. Autismo não é o fim do mundo. Nossos filhos são crianças como todas as outras. Algumas crianças têm dificuldade para aprender a ler, outras para andar, outras para matemática, outras falam “errado”, outras tem déficit de atenção e por aí vai... Autismo é uma outra dificuldade. E quem não tem nenhuma?

Ela tem esse nome – autismo - porque assim é chamada a dificuldade em entender as regras sociais de forma espontânea. Enquanto as outras crianças aprendem apenas observando, a criança autista precisa que todas as dinâmicas sociais lhe sejam ensinadas.

E por isso não é nada simples. Porque envolve as habilidades mais importantes para toda a nossa vida de relação, as sociais. Então não se envergonhe se precisar chorar. Procure um ombro amigo e acolhedor, ou vários (ou quem sabe uma mão amiga...) e assim que enxugar as lágrimas, arregace as mangas e AVANTE com o trabalho porque há muito a fazer.


Você ainda não sabe, mas se tornará o intérprete de seu filho e por isto, e por muitos outros motivos, ele vai te amar até o infinito e além! Você vai também precisar se tornar o especialista dele porque ninguém, nunca, conhecerá seu filho como você. E não permita que te convençam do contrário! Tem muita gente por aí querendo ocupar esse lugar. Mas ele é seu e somente seu.

O profissional pode ser especialista em autismo, mas não no seu filho. O profissional tem a visão global, mas não sabe como seu filho se comporta em casa, na rua, à noite, nas praia, ou no shopping.

Nós, os pais é que em cada momento, a cada fase da vida da criança, saberemos qual a melhor escola, qual a melhor terapia, qual o melhor esporte, quais as atividades mais adequadas para nosso filho.

A troca de informações entre os pais e profissionais podem ser ricas e ajudar muito. Um aprendendo com o outro e juntos encontrando caminhos.

Difícil? Nem tanto. O coração de um pai é capaz de tudo!

Como dizíamos, o autismo não é o fim do mundo. Muito pelo contrário. É o começo de uma jornada que te levará a lugares inesperados e surpreendentes, nunca imaginados. Nada solitários ou vazios! Esses lugares são conquistados por muitos pais e mães em todo o mundo, todos os dias. Mães e pais que criam associações como esta. Mães e pais que se unem para que leis sejam alteradas, apoiam pesquisas, escrevem livros, mudam de profissão, superam seus limites e, sem se dar conta... tornam-se pessoas mais amorosas, mais tolerantes, mais maduras e pacíficas. Tudo porque seus ventres e seus corações, um dia, acolheram um lindo bebê, um lindo bebê autista.

Desejamos uma linda jornada para você e sua família! Estamos aqui sempre que quiser a nossa companhia.

é autista. seja bem vindo à "Holanda"!

Frequentemente sou solicitada a descrever a experiência de criar um filho portador de deficiência, para tentar ajudar as pessoas que nunca compartilharam dessa experiência única a entender, a imaginar como deve ser. É mais ou menos assim...

Quando você vai ter um bebê, é como planejar uma fabulosa viagem de férias - para a Itália. Você compra uma penca de guias de viagem e faz planos maravilhosos. O Coliseu. Davi, de Michelangelo. As gôndolas de Veneza. Você pode aprender algumas frases convenientes em italiano. É tudo muito empolgante.

Após meses de ansiosa expectativa, finalmente chega o dia. Você arruma suas malas e vai embora. Várias horas depois, o avião aterrissa. A comissária de bordo chega e diz: "Bem-vindos à Holanda".

"Holanda?!? Você diz, "Como assim, Holanda? Eu escolhi a Itália. Toda a minha vida eu tenho sonhado em ir para a Itália."

Mas houve uma mudança no plano de vôo. Eles aterrissaram na Holanda e é lá que você deve ficar.

O mais importante é que eles não te levaram para um lugar horrível, repulsivo, imundo, cheio de pestilências, inanição e doenças. É apenas um lugar diferente.

Então você deve sair e comprar novos guias de viagem. E você deve aprender todo um novo idioma. E você vai conhecer todo um novo grupo de pessoas que você nunca teria conhecido.

É apenas um lugar diferente. Tem um ritmo mais lento do que a Itália, é menos vistoso que a itália. Mas depois de você estar lá por um tempo e respirar fundo, você olha ao redor e começa a perceber que a Holanda tem moinhos de vento, a Holanda tem tulipas, a Holanda tem até Rembrandts.

Mas todo mundo que você conhece está ocupado indo e voltando da Itália, e todos se gabam de quão maravilhosos foram os momentos que eles tiveram lá. E toda sua vida você vai dizer "Sim, era para onde eu deveria ter ido. É o que eu tinha planejado."

E a dor que isso causa não irá embora nunca, jamais, porque a perda desse sonho é uma perda extremamente significativa.

No entanto, se você passar sua vida de luto pelo fato de não ter chegado à Itália, você nunca estará livre para aproveitar as coisas muito especiais e absolutamente fascinantes da Holanda.

Autora: Emily Perl Kinsley

como educar?

1º Tópico

Que bom! Essa é a melhor atitude: tomar para si a responsabilidade. Não pensar que outra pessoa vai “resolver” a situação.

Talvez possamos resumir a melhor forma de ajudar em apenas duas (2) palavras: educação e diversão.


2º Tópico

Eduque o seu filho em todos os momentos, em todos os lugares. Não esqueça que a dificuldade em entender as regras sociais faz a criança autista parecer rebelde, teimosa ou até mesmo agressiva. Então você precisará de doses maciças de paciência, perseverança e determinação. No começo pode parecer difícil, mas como em tudo na vida, a prática leva à perfeição.

3º Tópico

A educação para ser efetiva precisa ser amorosa, claro. Então use e abuse dos elogios e dos carinhos sempre que seu filho se comportar ou fizer algo como você ensinou. Ao contrário, ignore (se possível, se não houver risco para ele nem mais ninguém) os chamados “comportamentos inadequados”.

4º Tópico

Saiba que os pais são os especialistas de seus filhos, então se dedique a entender o autismo e analisar como ele afeta o seu filho. Pois o autismo afeta a cada pessoa de forma diferente. Sabe por quê? Porque cada pessoa tem seu temperamento, sua personalidade, uma família e um contexto social próprios, e um organismo diferente. Por isso, a única característica que todos os autistas têm em comum é a dificuldade social.


5º Tópico

Para entender o autismo há muitos caminhos: livros, cursos, palestras, vídeos, filmes, encontros, virtuais ou presenciais. Na internet há diversos grupos de pais. Talvez na sua cidade até exista alguma associação de pais. Vá até lá. Você vai ver como as experiências de outros pais serão valiosas para você. E aquilo que aprendemos nestes grupos não está nos livros... Se não houver nenhuma associação em sua cidade, que tal começar uma!?

6º Tópico

Brincar e divertir-se também é educar! Quem não quer ser feliz? Então descubra as brincadeiras que seu filho gosta e divirta-se com ele. Apenas lembre que não devem envolver o que ele não pode entender. Por exemplo, na série do “Chaves”, os personagens jogavam água uns nos outros e todas as crianças sabem que isso é de “mentirinha”, na verdade isso não se faz. Todas as crianças menos as autistas. Como a família ri das peripécias da TV, os autistas vão deduzir que podem fazer igual... Portanto, filtrar os desenhos e programas de TV é essencial na educação do seu filho.

7º Tópico

Passeie com seu filho, apresente o mundo a ele. Ele pode não gostar de um lugar na primeira vez, mas não desista. Pode ser medo do desconhecido. Um medo que deve ser respeitado, mas não incentivado. Nesse caso, vá embora rápido, mas volte outro dia. Talvez ele se divirta já na segunda vez. Talvez fique por mais 5 minutos. Mais 10 minutos numa próxima vez e, um dia, quando você menos esperar, ele vai amar uma novidade logo no primeiro dia! E o mérito será todo seu.

Muitas de nossas crianças têm distúrbio da integração sensorial e por isso evitarão locais com muitas pessoas e ou sons em alta intensidade. Como no caso anterior, você deve respeitar mas insistir. Pouco a pouco, talvez seu filho se acostume com alguns desses locais.